corpos molhados
se fundam
não se pode distinguir
na massa orgânica
líquida
a fonte da vida
bocas ávidas
que cerram em si
a própria extensão
o outro
é o eu
movimentos sincrônicos
são almas
que se desprendem
que vibram
juntas
inteiras
complexas
unidades do múltiplo
somos eu
somos nós
somos únicos
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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5 comentários:
"somos úmidos
corpos molhados
prazeres
de corpo
inundado"
Linda poesia... parabéns, moça.
que os corpos molhados se fundam menos pelo atrito das células e mais pela tensão superficial das águas...
que depois do escorregão não se possa mais distinguir a massa orgânica e os minerais solvidos...
que restem bocas ávidas lubrificadas como engrenagens exercendo força umas sobre as outras, desencadeando movimentos sincrônicos...
vibram juntas e se desprendem inteiras contrariando a primeira versão... nossas engrenagens, nossas engrenagens...
éramos únicos, erramos muito, agora sou eu menos você e eu mesmo...
adorei seus poemas, vi seu blog no outdoor do ponto de poesia =D
A matéria q escrevi sobre os outdoors
http://agitocult.blogspot.com/2011/01/um-espaco-para-poesia.html
Valeu pelos comentários...prometo retomar minhas postagens.
abs
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