segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

corpos molhados
se fundam
não se pode distinguir
na massa orgânica
líquida
a fonte da vida
bocas ávidas
que cerram em si
a própria extensão
o outro
é o eu
movimentos sincrônicos
são almas
que se desprendem
que vibram
juntas
inteiras
complexas
unidades do múltiplo
somos eu
somos nós
somos únicos

5 comentários:

Alfredo Rangel disse...

"somos úmidos
corpos molhados
prazeres
de corpo
inundado"

Linda poesia... parabéns, moça.

segasvirtual disse...

que os corpos molhados se fundam menos pelo atrito das células e mais pela tensão superficial das águas...

que depois do escorregão não se possa mais distinguir a massa orgânica e os minerais solvidos...

que restem bocas ávidas lubrificadas como engrenagens exercendo força umas sobre as outras, desencadeando movimentos sincrônicos...

vibram juntas e se desprendem inteiras contrariando a primeira versão... nossas engrenagens, nossas engrenagens...

éramos únicos, erramos muito, agora sou eu menos você e eu mesmo...

Lívia Corbellari disse...

adorei seus poemas, vi seu blog no outdoor do ponto de poesia =D

Lívia Corbellari disse...

A matéria q escrevi sobre os outdoors

http://agitocult.blogspot.com/2011/01/um-espaco-para-poesia.html

ALINE YASMIN disse...

Valeu pelos comentários...prometo retomar minhas postagens.

abs