corpos molhados
se fundam
não se pode distinguir
na massa orgânica
líquida
a fonte da vida
bocas ávidas
que cerram em si
a própria extensão
o outro
é o eu
movimentos sincrônicos
são almas
que se desprendem
que vibram
juntas
inteiras
complexas
unidades do múltiplo
somos eu
somos nós
somos únicos
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Somos
Feito brincadeira
Nado no escuro
Pluma ao vento
Jogo de cintura
Cartada de Ás – Blefe
Somos
Sonho encoberto
Leituras divinas
Palavras ambíguas
Recusas escusas
Lucidez e loucura
Imãs que se negam - Arredios
Somos
Tempo lapidado em água fria
Encontro e espera
Relógio ao avesso
O universo conspira
Energia pura
Coito da noite sobre o dia - Atmosfera
Somos
Riso e deboche
Olhar e respiro
Instante eterno
Quente no frio
Náusea e tontura
Gangorra e escuta – Calafrio
Somos o que ainda nos resta
- Ser contraditório
E o ainda não dito
O ainda não visto
O ainda de maneira alguma e talvez nem mesmo um dia.
Feito brincadeira
Nado no escuro
Pluma ao vento
Jogo de cintura
Cartada de Ás – Blefe
Somos
Sonho encoberto
Leituras divinas
Palavras ambíguas
Recusas escusas
Lucidez e loucura
Imãs que se negam - Arredios
Somos
Tempo lapidado em água fria
Encontro e espera
Relógio ao avesso
O universo conspira
Energia pura
Coito da noite sobre o dia - Atmosfera
Somos
Riso e deboche
Olhar e respiro
Instante eterno
Quente no frio
Náusea e tontura
Gangorra e escuta – Calafrio
Somos o que ainda nos resta
- Ser contraditório
E o ainda não dito
O ainda não visto
O ainda de maneira alguma e talvez nem mesmo um dia.
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
vai
nossa vida não é feita para nós
ruptura - fissura mundana
fomos descolando nossas carnes
como quem rouba balas no supermercado
nos apropriando de outros sabores
sós
um par de pés - dois pares
fragmentados
em caminhos de abandono
não temos mais donos
não somos mais sonhos
giramos os olhos
circunscritos numa esfera vazia
tudo que veríamos
seria por nós
mas ao desatá-los
a linha teme ser reta
circular então
é poesia e métrica
nossa vida não é feita para nós
ruptura - fissura mundana
fomos descolando nossas carnes
como quem rouba balas no supermercado
nos apropriando de outros sabores
sós
um par de pés - dois pares
fragmentados
em caminhos de abandono
não temos mais donos
não somos mais sonhos
giramos os olhos
circunscritos numa esfera vazia
tudo que veríamos
seria por nós
mas ao desatá-los
a linha teme ser reta
circular então
é poesia e métrica
o eterno retorno do velho sábio
se perdura
o mesmo dia do mesmo mês em todos os anos
revivo momentos de espera
revivo a dor do instante
revivo o ácido na boca
a espinha gelada
a respiração
a tontura das pernas
os ruídos incessantes
olhares do corredor
jalecos e janelas - torpor
o corte agudo na carne
a vida
rompida
em mim
ao nascer para o mundo
revivo o doce salgado das lágrimas
do rosto que se revela
e o reconhecimento da mão tesa sobre as suas
frágeis mãos que agora me buscam
no frio
do fora
sinto o cheiro
dos pelos ralos em sua cabeça
da minha própria pele
do sangue que seca
no corpo que te embala
sinto-me bicho
com a precisão exata
de ser mãe
como agora - 12 anos depois com a chegada do menino Renzo
se perdura
o mesmo dia do mesmo mês em todos os anos
revivo momentos de espera
revivo a dor do instante
revivo o ácido na boca
a espinha gelada
a respiração
a tontura das pernas
os ruídos incessantes
olhares do corredor
jalecos e janelas - torpor
o corte agudo na carne
a vida
rompida
em mim
ao nascer para o mundo
revivo o doce salgado das lágrimas
do rosto que se revela
e o reconhecimento da mão tesa sobre as suas
frágeis mãos que agora me buscam
no frio
do fora
sinto o cheiro
dos pelos ralos em sua cabeça
da minha própria pele
do sangue que seca
no corpo que te embala
sinto-me bicho
com a precisão exata
de ser mãe
como agora - 12 anos depois com a chegada do menino Renzo
sexta-feira, 19 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
a palavra reverberava contra o tempo
ia e voltava
insistante
silenciosa
e se re-produzia
em ondas
invisíveis
só quem sabia - seria eu? eeeeuuuuuuuu, eeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuueuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuusem fim?
ia e voltava
insistante
silenciosa
e se re-produzia
em ondas
invisíveis
só quem sabia - seria eu? eeeeuuuuuuuu, eeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuueuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuusem fim?
quarta-feira, 3 de março de 2010
como se possível fosse
amansar o vento em plena tempestade
como se possível fosse
estancar o vulcão em atividade
como se possível fosse
expandir os pulmões e sobreviver ao naufrágio
como se possível fosse
ressuscitar o dia
como se possível fosse
editar a morte
como se possível interferir na própria anatomia e tornar leve o que é denso por natureza - em leve, leve, leve - pra caber em algum espaço vazio, levitar na superfície, pra enxergar de fora, sobrevoar o raso, pra esconder o medo, pra escorar a verdade em receios - densos, densos, densos.
amansar o vento em plena tempestade
como se possível fosse
estancar o vulcão em atividade
como se possível fosse
expandir os pulmões e sobreviver ao naufrágio
como se possível fosse
ressuscitar o dia
como se possível fosse
editar a morte
como se possível interferir na própria anatomia e tornar leve o que é denso por natureza - em leve, leve, leve - pra caber em algum espaço vazio, levitar na superfície, pra enxergar de fora, sobrevoar o raso, pra esconder o medo, pra escorar a verdade em receios - densos, densos, densos.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Quero ver a cara da humanidade
O que só vejo em partes
Eu veria o todo
E o que pode se chamar de tudo
Pra não me perder
Na pequena esfera que se chama Mundo
Eu queria entender a frequência
Do que se chama essência
Se é que ela – haveria
Não bastam
Caras de bobos
Não bastam espertos em tudo
Se for possível avistar um rosto
Que se chama céu
Que se chama vida
A quem devemos chamar
Quando estivermos réus diante do inominável
O que só vejo em partes
Eu veria o todo
E o que pode se chamar de tudo
Pra não me perder
Na pequena esfera que se chama Mundo
Eu queria entender a frequência
Do que se chama essência
Se é que ela – haveria
Não bastam
Caras de bobos
Não bastam espertos em tudo
Se for possível avistar um rosto
Que se chama céu
Que se chama vida
A quem devemos chamar
Quando estivermos réus diante do inominável
domingo, 21 de fevereiro de 2010
...A noite é fria e extensa. Brilham o chão e o céu em mil estrelas vivas que queimam meu peito insone. Quero sobreviver à alegria monótona do dia-a-dia, quero macarrão aos domingos, comer pão na padaria...quero um gole de cerveja quente, quero o óbvio...mil estrelas me perdoem por preferir bebida gelada – quente.
"...Doem as costas, o dorso que entorto pra acomodar minhas medidas.
Como grilhões que gritam a cada passo, como o hino de um réu confesso que caminha trôpego, enquanto se amarra aos próprios elos, forjados a ferro..."
Assinar:
Postagens (Atom)