sexta-feira, 9 de setembro de 2011

plátanos
soam odor madeira seca no caminho madrugada fresca
como pontas dos pinhos arvoredos
soam novidades
lua cheia sobre o rio pleno
soa saudade
não posso aportá-los - todos
prendo - compreendo inteiros pelas ruas que passo
ruas jardins
ruas espaços vazios
ruas cafés
ruas silêncio
ruas barulho de gente
cada lugar tem o seu sentido
alguns olfato
outros oLvido
amo cada chão que piso
e se o tempo é relativo
despertar física poesia
é voar sem asas
cheirar flores sem pétalas
e navegar concreto
contraponto de partida

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